É sempre divertido ouvir gerentes de seleção de pessoas recordando erros mais crassos que viram candidatos a empregos cometer numa entrevista como comparecer de sandálias de dedo, ou falarem no celular durante a reunião com o presidente da companhia.
Mas esse tipo de ignorância é raro. Mais comuns são os tropeços ou omissões sutis que podem levar um candidato a perder para outro.
Se uma pessoa enviar os sinais certos e se comportar da maneira certa, ela tem chance maior de abocanhar o emprego – mesmo com um currículo inferior.
Mas esse tipo de ignorância é raro. Mais comuns são os tropeços ou omissões sutis que podem levar um candidato a perder para outro.
Se uma pessoa enviar os sinais certos e se comportar da maneira certa, ela tem chance maior de abocanhar o emprego – mesmo com um currículo inferior.
Mas não existe um conjunto único de regras. Embora alguns padrões de cortesia sempre apliquem (ser pontual, tratar todos com respeito), o sucesso pode depender da cultura da companhia e das preferências de quem faz seleção. A habilidade para detectar esses fatores e agir de acordo com eles pode fazer e agir de acordo com eles pode fazer a diferença.
Quando Susan L. Hodas, diretora de administração de talentos da NERA Economic Consulting, está selecionando, procura o encaixe cultural e a experiência certa. Em alguma medida vai pelo instinto, mas também identifica preferências. “Eles deviam vir de terno”.
A linguagem corporal também é importante. Ela valoriza a atitude segura, mas não excessivamente informal, aliada ao bom contato visual. Também procura pessoas que saibam enunciar suas palavras (atenção, murmuradores) e que comuniquem pensamentos e idéias com clareza. No geral, ela diz que procura pessoas “confiantes, mas não convencidas”.
Susan diz que ela e seus colegas aplicam “o teste do aeroporto”. Eles se perguntam: “Será que eu gostaria de ficar preso por 12 horas no aeroporto com essa pessoa se meu voo atrasar?” Ao que parece, ser você mesmo – ainda que uma versão formal, polida, alerta e atenciosa – é a melhor forma de se comportar em entrevistas. Dito isso, há algumas coisas que você pode fazer para conquistar alguma vantagem.
Você deve sempre pesquisar sobre a companhia (fácil de fazer na internet), e estar preparado para dar exemplos de como sua experiência se relacionando com o emprego. Também deve ser capaz de descrever qual a diferença que você fez em empregos anteriores.
Pesquisar a empresa ajudará quando o entrevistador perguntar se você tem alguma pergunta, disse David Santos, diretor executivo de recursos humanos da Interbrand, empresa de gerenciamento de marcas. Não ter nenhuma mostra falta de interesse e de preparo, disse.
Assegure-se de que suas perguntas mostram conhecimento da companhia e seu interesse em contribuir para o sucesso dela. Você ficaria surpreso de quantas pessoas se concentram em si mesmas e não na empresa, diz Annie Shanklin Jones, que comanda o recrutamento da IBM nos EUA.
Tente estabelecer um terreno comum com seu entrevistador, disse Annie. Talvez vocês tenham frequentado a mesma universidade ou torçam para o mesmo time. Na entrevista, “fortaleça suas indicações”, recomenda, encontrando formas de ressaltar as pessoas que conhece na empresa.
E se você não tiver essas vantagens? Annie disse que o candidato para um posto de vendas, após sua primeira entrevista, enviou um arquivo mostrando que superou suas cotas de vendas trimestres após trimestre. Esse foi um fator importante na decisão de contratá-lo, disse.
Fonte: O Estado de S. Paulo - Phyllis Korkki - The New York Times
2 comentários:
Muito bom seu blog, esta postagem muito interessante.
Gostei de seu blogue. Considero que os empresários brasileiros têm uma mentalidade tacanha. O governo federal deveria fazer uma campanha para orientar estes ignorantes. Muitos recrutadores são pessoas despreparadas para exercerem suas atividades. Estudei em uma escola técnica muito conceituada, e certa vez fizemos uma visita à Nitriflex, no Pólo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, estado onde nasci e moro. A recrutadora disse à professora que nos acompanhava que muitos alunos procuram aquela empresa para fazerem nela seu estágio, mas que ela considera que um bom número deles são "rebarbas". Uma recrutadora de uma empresa, seja grande ou pequena, não pode usar um termo tão depreciativo como o que ela usou, ao referir=se aos candidatos que reprova. A verdade é que os empresários brasileiros vivem em um mundo fantasioso, onde não lidam com seres humanos, mas com personagens criados em suas frívolas fantasias. Para os empresários, o que mais importa são as aparências, e suas empresas não têm nenhum compromisso social, mas somente com o lucro fácil. Você deveria abordar em seus artigos este aspecto humano da busca de trabalho, e tentar difundir a necessidade de mudar a consciência do empresariado nacional.
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