A versão original consistia em bater no tronco de uma árvore e sua origem mais provável pode estar no fato de os raios caírem freqüentemente sobre as árvores.
Os povos antigos - desde os egípcios até os índios do continente americano - teriam interpretado esse fato como sinal de que tais plantas seriam as moradas terrestres dos deuses. Assim, toda vez que se sentiam culpados por alguma coisa, batiam no tronco com os nós dos dedos para chamar as divindades e pedir perdão.
"As árvores são sagradas em todas as culturas e religiões: um símbolo universal do elemento de ligação entre o céu e a terra", diz Maria Ângela de Almeida, teóloga da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Os celtas também eram adeptos desse costume: seus sacerdotes, os druidas, batiam na madeira para afugentar os maus espíritos, acreditando que as árvores consumiam os demônios e os mandavam de volta à terra. Já na Roma Antiga, batia-se na madeira da mesa, peça de mobília também considerada sagrada, para invocar as divindades protetoras do lar e da família.
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