Eis que estamos diante de duas expressões que em termos sonoros apresentam características idênticas, mas que se divergem quanto ao significado - razão pela qual são utilizadas em contextos distintos, ou seja, dependendo da situação, ora uma forma, ora outra.
O primeiro aspecto ao qual devemos nos atentar refere-se ao verbo haver, visto que neste caso ele se concebe como impessoal.
Mas por qual motivo?
Descobriremos em instantes ao analisarmos o seguinte enunciado:
Há meses não visito meus parentes.
Neste caso, tem-se uma ideia de tempo decorrido, passado. Desta forma, ele permanece sempre na terceira pessoa do singular.
Mas afinal, o que esta particularidade tem a ver com as expressões em estudo? Será que esta regra se aplica à expressão “daqui há pouco”?
Mas afinal, o que esta particularidade tem a ver com as expressões em estudo? Será que esta regra se aplica à expressão “daqui há pouco”?
Pois bem, ao analisarmos a expressão “daqui a pouco”, obviamente que a primeira noção que nos vem à mente é que algo ainda está para acontecer, ou seja, denota um tempo futuro, e não passado. Portanto, o correto é dizermos: daqui a pouco, pois o “a”, neste caso, nos remete tal ideia, expressa por um tempo vindouro.
Assim sendo,analisemos os exemplos que seguem, os quais representam a ocorrência em estudo.
Daqui a pouco anoitecerá e com certeza não poderemos seguir viagem.
Espere mais alguns instantes, pois ele deverá chegar daqui a pouco.
Nossa! Daqui a pouco não teremos mais crianças nesta casa, pois o tempo passa muito rápido.
Sendo assim, no intuito de conferir esse sentido à expressão,
nunca opte pelo emprego do verbo haver
nunca opte pelo emprego do verbo haver
Nenhum comentário:
Postar um comentário