Com duração de três horas e 32 minutos, o filme épico Ben-Hur, de William Wyler, rodado em Technicolor, torna-se presença triunfal e avassaladora na 32ª cerimônia de entrega da estatueta do Oscar 4 de abril de 1960 no Teatro RKO, em Hollywood.
A película estabeleceu um recorde ainda não superado: indicado para 12 categorias a película conquistou nada menos que 11 Oscars, inclusive Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator (Charlton Heston).
O filme de Wyler de 1959 foi a última adaptação dramática do mega-bestseller “Ben-Hur: Um Conto de Cristo”, publicado em 1880 de autoria de Lew Wallace. Wallace, um ex-general que participara da Guerra de Secessão, escreveu o seu mais famoso romance após ter experimentado um novo despertar de sua fé em Cristo.
O livro conta a história de um jovem judeu aristocrata, Judah Ben Hur, que se irrita contra o repressivo governo romano na Judeia, perde sua fortuna e a família, porém finalmente vence os obstáculos, devido parcialmente à intervenção de Jesus Cristo.
Depois do romance de Wallace ter sido adaptado como peça teatral de longa carreira em 1899 e um curta-metragem em 1907, a Metro-Goldwyn-Mayer comprou os direitos autorais e produziu uma grande versão cinematográfica, dirigida por Cecil B. DeMille, em 1925.
Após DeMille ter alcançado grande sucesso com um ‘remake’ de seu próprio filme épico de 1923, Os Dez Mandamentos (1956), a MGM decidiu remontar Ben-Hur. Wyler tinha trabalhado ao lado de DeMille no set de filmagem da versão de 1925, tendo Charlton Heston, bela estampa de ator de queixo quadrado, protagonizado Moisés em Os Dez Mandamentos.
Após DeMille ter alcançado grande sucesso com um ‘remake’ de seu próprio filme épico de 1923, Os Dez Mandamentos (1956), a MGM decidiu remontar Ben-Hur. Wyler tinha trabalhado ao lado de DeMille no set de filmagem da versão de 1925, tendo Charlton Heston, bela estampa de ator de queixo quadrado, protagonizado Moisés em Os Dez Mandamentos.
Rodado numa locação na Itália, com um orçamento inicial de cerca de 15 milhões de dólares, Ben-Hurfoi o mais caro filme jamais produzido até aquela data. A cena da famosa corrida de biga levou três semanas para ser filmada e utilizou cerca de 15 mil extras. O set de filmagem para esta corrida foi construída numa área de 70 mil metros quadrados detrás dos Estúdios da Cinecittá nas redondezas de Roma.
À parte algumas cenas perigosas e temerárias, Heston e Stephen Boyd, que desempenhou o papel do antagonista Messala – amigo de infância de Ben-Hur que se tornou seu acérrimo inimigo – dirigiram eles mesmos as próprias bigas. A recompensa foi grandiosa: escrevendo em sua coluna de resenhas para o The New York Times, o crítico de cinema Bosley Crowther considerou a cena (foto abaixo) como “estonteante e complexa num cenário impressionante, uma ação eletrizante de homens e cavalos, tomadas panorâmicas e uma insuperável e dramática utilização do som”.
Wikimedia Commons/Reprodução
Na premiação do Oscar de 1960, Ben-Hur conquistou a estatueta em 11 categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante (Hugh Griffith, interpretando um xeque árabe, que se torna amigo de Ben-Hur), Melhor Fotografia em Cores, Melhor Direção de Arte em Cores, Melhor Efeito Sonoro, Melhor Edição, Melhor Trilha Musical, Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais. Foi indicado também para Melhor Roteiro Adaptado.
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