Leila Diniz: Amada e Odiada



Atriz popular, símbolo sexual, transgressora e ícone feminista. Amada e odiada, seu comportamento desafiou uma ditadura e o destino tratou de fazer dela um mito. Afinal, quem foi Leila Diniz? "...

Toda mulher quer ser amada / Toda mulher quer ser feliz / Toda mulher se faz de coitada / Toda mulher é meio Leila Diniz."


Assim disse Rita Lee na canção "Todas as Mulheres do Mundo".Mas quem foi Leila Diniz?

Uma das brasileiras mais marcantes do século XX, nascida em Niterói, à época capital do estado do Rio de Janeiro, em 25 de março de 1945.  Sagaz, desbocada e esperta, vinda de uma família de classe média, desde pequena já chamava a atenção pelo comportamento "diferente" e pelas ideias que tinha.

Formou-se em magistério e dos 15 aos 17 anos de idade foi professora do maternal e jardim de infância no subúrbio carioca. Já naquela curta experiência ficou marcada a sua inadaptação aos costumes. 

Por exemplo; Leila chegou a abolir a mesa de professora para ficar sempre entre os alunos, queria mudar a maneira como se tratavam as crianças. Era bastante querida, mas seu comportamento causou desagrado. Cansada de brigar com os pais e a diretora da escola, Leila se demitiu e nunca mais voltou a lecionar.

Aos 17 anos, conheceu o diretor de cinema Domingos de Oliveira. Um dos grandes amores de sua vida. Ficaram juntos apenas três anos, mas tempo suficiente para que Leila descobrisse uma outra paixão: atuar. Leila começou a carreira de atriz atuando em peças de teatro infantis, fazendo anúncios de comerciais e pequenas figurações em filmes e participações menores em programas de televisão.

Leila já estava separada de Domingos de Oliveira quando atuou sob a direção dele no filme Todas as Mulheres do Mundo (1967). Nessa deliciosa comédia carioca, um dos maiores sucessos nacionais de público e crítica nos anos 60, o conquistador Paulo (Paulo José) vive os dilemas entre a vida de solteiro e o casamento com sua amada Maria Alice (Leila Diniz). Cheio de referências ao romance de Leila e Domingos de Oliveira, o filme se tornou um clássico do cinema brasileiro, que catapultou Leila ao estrelato nacional.

Embarcando no sucesso do cinema, Leila tornou-se a grande estrela da Rede Globo (então TV Globo), fundada apenas dois anos antes, em 1965. Na emissora carioca, que ainda engatinhava, Leila estrelou as telenovelas Eu Compro Esta Mulher (1966) e O Sheik de Agadir (1966/1967), dois grandes sucessos de audiência, ambos de Glória Magadan, novelista cubana radicada no Brasil. 

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