Que o capital humano é o bem mais valioso de uma organização não restam dúvidas. Conscientes disso, as companhias buscam a fórmula para atrais e manter os bons profissionais pelo maior tempo possível. Em setores onde a rotatividade é elevada, como TI, comércio varejista e serviços, elas tem apostados em políticas diferenciadas pare reter talentos.
Quanto maior a oferta, mais difícil segurar os profissionais, principalmente os mais jovens.
Todos buscam mão de obra capacitada e especializada, por isso as propostas para mudar de emprego são sempre atraentes. Atualmente, com o maior investimento em áreas de RH e gestão de pessoas, têm sido freqüentes as avaliações das principais causas que levam os funcionários a saírem de uma empresa. Além de ser oneroso, o transtorno pode abalar a produtividade.
Segundo pesquisa do IBGE, o número de vagas em TI cresceu cerca de 40% nos últimos três anos. Outro estudo realizado pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) no ano passado mapeou mais de 30 mil oportunidades para TI no Brasil, sendo que mais de 23 mil dessas vagas estão na região Sudeste.

Toda esta oferta levou as companhias a usarem a criatividade para driblar o turnover. Uma idéia foi a criação de políticas de bonificação para colaboradores. Há empresas onde os funcionários são estimulados a indicar profissionais conhecidos em troca de quantia em dinheiro, caso estes sejam contratados e permaneçam na empresa durante um tempo determinado. Em outras, são oferecidos bônus para compras quando uma indicação resulta em contratação.
A indicação de “amigos” por funcionários, que teve a Microsoft como uma de suas precursoras no país, vem se transformando em programas formais dentro das empresas das companhias. A prática de indicar surgiu porque nem sempre pagar um bom salário basta para não perder o funcionário excepcional. A maioria dos profissionais enxerga mais valor em outros benefícios como prêmios em dinheiro e estudos no exterior, plano de carreira, clima, possibilidade de crescimento intelectual.
Cada vez mais os organizadores tentam transformar as pessoas no “segredo do sucesso”. Mas é preciso desenvolvê-las e propiciar desafios aos indivíduos. Cabe, portanto, às empresas planejar o caminho a seguir para tornar seus colaboradores grandes aliados.
Fonte: Valor Econômico - Michael Wimert * Michael Wimert é presidente da Elucid